quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Comunicação integrada, comunicação para todos.

A expressão Comunicação Integrada vem ganhando destaque em discussões sobre o futuro da comunicação. O texto Onipresente, de Ricardo Cavallini com grifos e anotações de Eric Messa, expressa um conceito que postei ultimamente: a adaptação dos meios em relação à comunicação e não o inverso. Vou explicar. Tudo se inicia com aquela ideia tanto comentada (mas verdadeira) de que o consumidor atual está ligado em tudo, em diversos meios ao mesmo tempo. O foco tem que estar na pessoa, não no meio. Trata-se da escolha da mídia de acordo com a ideia da ação. Utilizando um conceito de água, como postei anteriormente, pode-se fazer uma analogia interessante. A água se adapta ao recipiente que se encontra certo? Então, a comunicação deve ser feita da mesma maneira, o meio deve ser adaptado à ideia da comunicação. Para que isso seja possível, criou-se o conceito de Comunicação Integrada. Esse tipo de comunicação integra (obviamente) diversos tipos de meios que se complementam. Na verdade as mensagens contidas nos meios se complementam. Vamos exemplificar. A série Lost tem diversos tipos de comunicação. A própria série na TV, sites na Internet, livros etc. A brilhante série The Office tem o próprio site da NBC como um centro de gadgets ligados aos personagens e à dinâmica do escritório. Através da página o fã pode acompanhar o tweets dos personagens e também dos atores além de acessar links de sites fictícios como o da própria Dunder Mifflin, ou Michael Scott Paper Company. Isso proporciona uma participação maior dos fãs da série na vida dos personagens e por conseqüência uma maior audiência pela TV, ou pela Internet. Essa maneira de integrar a história recebe o nome de Transmedia. Na verdade esse termo é um "upgrade" da comunicação integrada no qual a própria composição do plano de ideias e de mídia das ações já nasce com a integração. Na atualidade não dá mais para pensar em um plano de comunicação normal, afinal o consumidor já viu de tudo nos meios comuns, tem sede de novidade e procura, ele mesmo conteúdo (além de produzir, é claro).

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Mulheres, preparem-se!

Desculpe garotos, mas este post é para as mulheres! Com uma idéia simples e genial uma comunidade 100% brasileira está dominando a cabeça feminina, ou será o guarda-roupa? A byMK é uma social network que une mulheres que gostam de roupas (ou seja, todas as mulheres). A idéia é suprir as necessidades femininas de dividir com outras mulheres um momento íntimo: se vestir. As usuárias podem montar looks e a partir deles outras meninas podem comentá-los, copiá-los enfim, the sky is the limit! Na página inicial alguns grupos populares como: 'Fuja do óbvio', 'cheia de charme' e 'viciadas em all star' chamam atenção. Essa parte lembra um pouco a idéia de comunidades do Orkut. As usuárias mais populares fazem parte da página de entrada. Além disso os looks mais populares têm destaque. A brincadeira toda lembra literalmente uma atividade que toda menina fazia quando criança: colocar os sapatos da mãe, tentar andar com eles, testar as maquiagens, jóias e badulaques. A única diferença é que essa brincadeira é compartilhada e discutida. Viva as mulheres e seus milhares de sapatos e roupas!

Água, vital em qualquer sentido

Semana da comunicação, faculdade bombando e palestras sobre o tema "Tudo ao mesmo tempo agora". Essa foi a 32ª Semana de Comunicação realizada na Faap. Uma das palestras que me chamou atenção (além das diversas mencionando o boom das redes sociais, internet etc) foi dada pelo sócio e diretor de criação da SantaClaraNitro, Murilo Lico juntamente com Plinio Okamoto, Diretor de Criação da Agência Rapp Brasil. Murilo Lico mostrou como é importante focar a concepção de uma campanha em torno de uma bom planejamento de criação e não se basear apenas no tipo de meio a ser utilizado. A publicidade vende estratégias e são elas que tomam a forma do que for necessário. A idéia foi introduzida com uma frase de Bruce Lee: "Be water my friend". Na verdade trata-se de uma analogia ao formato da água, que se adapta ao recipiente em que se encontra. A criação não deve ser feita ao redor dos modismos. Um dos assuntos foi justamente o boom das redes socias. Quando alguma ação faz sucesso outros tipos de campanha são criadas no mesmo formato. O problema é que as coisas não funcionam desse jeito, o que serve para uma campanha pode não servir para outra. Por exemplo, se uma ação como a da Tecnisa, que tem um relacionamento com os clientes via Twitter e blog deu certo, nem sempre isso ocorrerá com outras empresas seja do mesmo ou de outros ramos. O que vale então é evitar a repetição e tentar planejar campanhas primeiro, e dependendo do que for necessário executá-las da melhor maneira. Publicitários, adeptem-se à água, "be water my friends, be water."

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Imagem...imagine?

"Uma imagem vale mais do que mil palavras". Essa afirmação meio clichê pode ser interpretada de diversas maneiras. Qual é o impacto de uma imagem nos nossos olhos? Qual é o impacto de uma imagem em todos os nossos sentidos? As imagens estão em todo lugar, isso não é novidade. Nos impactando em todos os lugares. Mas por que será que o mundo de hoje vem cada vez mais sendo construído baseando-se em imagens? A leitura de todo e qualquer signo nos provoca uma interpretação diferenciada, porém as três categorias universais de Peirce (primeiridade, secundidade e terceiridade) sempre estarão presentes. Passamos por elas desapercebidas, ou melhor, elas ocorrem sem nos fazer perceber. A condição primeira a que somos submetidos é a que atinge diretamente nossos sentidos sem que possamos identificá-los. É muito breve, milésimos de segundos, é o primeiro impacto, a primeiridade. A secundidade por sua vez, é a reflexão do ocorrido, uma espécie de tentativa de compreensão da sensação momentânea. Já a terceiridade, é a representação que fazemos ao interpretar um signo. Frases como "isso é azul" ou "nossa, que bonito" fazem parte da terceiridade. As imagens ilustram textos, idéias etc. As hiperimagens ilustram textos digitais, mas vão além disso. Proporcionam interatividade, provocam estímulos em nossos sentidos e operam fora do universo da redundância. As hiperimagens são mais do que ilustrativas, elas são sensoriais.

Flash mobs em ação!

Já reparou como os flash mobs estão em alta? Toda hora alguém no Twitter menciona ações no mundo todo onde pessoas se unem para fazer alguma coisa diferente e impactante. É claro, que tudo isso só poderia ser feito com uma certa ajudinha das redes sociais que conectam pessoas e agem como um impulso para uma "bola de neve" rolar e aumentar até conseguir unir milhares de pessoas com um único propósito. Recentemente os melhores e maiores flash mobs estão ligados à empresa de telefonia T-Mobile. Eles começaram em uma estação de trem na Inglaterra, onde um batalhão de dançarinos executaram seus passos ao som de um remix de diversas músicas. O segundo deles foi um gigantesco karaokê em praça pública ao som de Hey Jude. A mais nova mobilização da marca foi no show de lançamento da nova temporada do programa da Oprah Winfrey em Chicago. Tem gente dizendo que foi o maior flash mob de todos. Ao som de I got a feeling, mais novo sucesso do grupo Black Eyed Peas, uma multidão (de pessoas comuns, fãs etc) memorizou uma coreografia e a executou ao vivo no lançamento do programa. Para a surpresa de Oprah, que não sabia de nada, a galera mandou ver na coreografia e o resultado ficou muito legal.
As redes sociais fizeram tudo isso, uniram fãs do programa que gostavam de dançar e estavam dispostas a ensaiar. A mobilização foi feita principalmente através do Facebook e do Twitter. Aqui no Brasil, um programa no Multishow apresentado por Didi Wagner chamado Mob Brasil incentiva jovens a promover mobilizações em São Paulo sobre diversos temas. Se essa febre continuar, as redes sociais juntamente com as pessoas poderiam se unir por motivos maiores. Talvez para reclamar sobre a política no país... Ops! Falei demais?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Coraline, hipermídia total

A animação Coraline é o primeiro longametragem feito com massinha em stop motion filmado em 3D. A técnica já é um exemplo de hipermídia, ou seja, une diversos tipos de sistemas. A idéia antiga de animação feita em stop motion, porém, com massinha e aparatos feitos manualmente, e filmado inteiramente em 3D, o que porporciona melhor percepção de profundade por parte do espectador, fazendo com que assistir ao filme se torne uma experiência quase que interativa.



Para divulgar o filme foi feito muito mais do que uma ação de marketing normal. Blogueiros foram selecionados e 50 caixas feitas a mão foram entregues a eles com objetos de cena do filme, além disso, as caixas eram diferentes entre si e continham um código específico que quando utilizado no site de divulgação revelava vídeos exclusivos. Para completar, milhares de chaves foram espalhadas por 10 cidades nos Estados Unidos para que incentivassem a entrada dos espectadores no site. Vitrines interativas, bonecos infláveis na rua, edições especiais de tênis Nike (apenas 3000 foram fabricados e distribuídos para amantes de filmes) também continham códigos para desvendar mistérios no site do filme. O exemplo verdadeiro de hipermídia é o site www.coraline.com que não é apenas um site que contém trailer e imagens. Trata-se de uma reprodução exata do mundo de Coraline para que os espectadores pudessem interagir e experimentar. Cada cômodo possue alguma coisa especial, alguns fazem links com sites de mídias sociais. Um blog foi criado e era atualizado por um dos personagens do filme. A irreverência do site foi tanta, que antes do lançamento mundial do filme, o site já havia recebido mais de 800.000 pessoas. Depois do lançamento o site teve mais de 1.7 milhões de visitantes. A ação ganhou Prata em Cannes na categoria Titanium e Integrated Lion e o site do filme combina, a linguegem do cinema que provoca a imersão total do espectador no mundo da personagem, porém, é muito mais do que isso, proporciona a total interação com outros universos.

A troca do sexy pelo social

O brasileiro está trocando a busca por sites adultos para passar mais tempo em redes sociais. Um levantamento da Hitwise mostra que no Brasil, 4% das pessoas que acessam a internet procuram sites de conteúdo adulto e nos Estados Unidos esse número sobe para 7%. Apesar de o índice dos EUA ser mais alto do que o do Brasil, o país mostra uma queda na busca por sites adultos. O número já chegou a 16% e costuma aumentar no período de inverno. “Minha teoria é que usuários jovens passam tanto tempo em redes sociais, que eles não tem tempo para navegar em sites adultos”, diz o CEO Bill Tancer, da empresa Hitwise. O brasileiro trafega na internet na maioria das vezes no Orkut, e a estimativa é de que 62% do tráfego na internet é feito em sites de relacionamento, o que faz o Brasil ser líder em usuários de redes sociais. Embora o orkut tenha a maior participação neste número outras redes estão sendo utilizadas como Facebook, MySpace e Twitter. A pesquisa realizada pela Hitwise em 12 semanas também revelou os sites mais acessados no país:

1º Google Brasil

2º Orkut

3º Google

4º YouTube

5º Window Live Mail

6º Google Image

7º Globoesporte

8º Globo

9º UOL

10º MSN Brasil


Parece que as redes sociais não servem mais apenas para revolucionar a comunicação, mas também para revolucionar o comportamento do internauta e fazê-lo querer trocar o conteúdo sexy por informação e interatividade.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Blog Books!

Novidade! Os melhores blogs do ano poderão virar livro. O projeto Blog Books é apoiado por Singular Digital, HP, Prêmio Best Blog Brazil, Grupo Ediouro, rádio Paradiso e Amandy Software e os blogs concorrem a 12 categorias: Humor, Quadrinhos, Entretenimento, Artes e cultura, Comunicação e negócios, Universo feminino, Universo masculino, Sexo, Gastronomia, Religião, Política e Tecnologia. Depois de editado o livro será vendido em livrarias online, será registrado oficialmente na Biblioteca Nacional e o blog vencedor terá seu livro lançado na XVI Bienal do Livro. A votação é feita pelo site www.blogbooks.com.br e não é necessário cadastro, porém o voto só é confirmado com o nome e email. O incentivo aos blogs é muito positivo, pois os blogs deixaram de ser apenas um diário em que as pessoas postam sobre sua vida pessoal e interesses e passou a ser uma varidada fonte de informações, novidades e principalmente promovem a interação de pessoas comuns com os meios de comunicação. Além de receptores os blogueiros são "informadores", produtores de conteúdo e formadores de opinião.