quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Os infiltrados

Mais uma vez a publicidade gera polêmica ao anunciar de maneira sutil. Twiteiros famosos com um grande número de seguidores estão colocando em seus twits conceitos de campanhas. A marca de biscoitos Club Social contratou 13 twiteiros conhecidos para inserir a palavra "inconfundível" pelo menos duas vezes por semana em seus tweets. Um outro exemplo foi a campanha do tenis L.i.f.t da Puma. Foram contratados 300 usuário do Twitter e blogueiros, para postarem um texto pronto em troca de camisetas e bonés da marca. A discussão não aborda a questão "fazer ou não publicidade em redes sociais" e sim se essa publicidade tem que ser assumida. O blogueiro Marcelo Tas por exemplo tem uma associação com a Telefonica e seu Twitter tem apoio da empresa de telefonia. Porém essa aliança não é feita de maneira "sutil", é uma parceria assumida que beneficia tanto o blogueiro quanto a empresa. A divulgação de uma marca tem que ser feita com certos critérios, pois se isso for feito de maneira equivocada pode provocar o efeito contrário, ou seja, prejudicar a imagem da marca. Pode parecer clichê porém a internet é uma ferramenta incrível, no entanto é preciso saber usá-la a seu favor. Por ser relativamente nova (principalmente em matéria de publicidade) ainda desperta dúvidas na maneira de ser utilizada, entretanto, se as redes sociais forem utilizadas de maneira pertinente, ocorrerá uma verdadeira revolução em possibilidades de anunciar.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Propagação na rede

As redes sociais estão "dominando" o meio da internet. Constantemente ouvimos falar sobre o assunto, porém ultimamente (finalmente) as empresas têm discutido essa nova forma de comunicar em seus departamentos de marketing e incluido ações em redes socias em seus planejamentos. O fator mais importante no assunto é a possibilidade de ouvir o consumidor sem mediações nem rodeios. As pesquisas tradicionais são eficientes, porém muitas vezes produzem respostas influenciadas. Na internet o usuário se sente à vontade para expressar sua opinião sincera e honesta em relação à uma marca ou produto. Com isso tornou-se possível ouvir o que realmente se passa na cabeça do consumidor. Ações como a de "Doritos - Que vuelvan los Lentos" na Argentina é um exemplo de interatividade e mobilização feita através de redes sociais. A campanha do Presidente Barack Obama é um outro exemplo de sucesso. Fizeram parte da campanha: Twitter com 120 mil seguidores, Facebook com mais de 2 milhões de membros,11 milhões de visualizações no YouTube, lançamento de aplicativos para Iphone e o uso de muitas outras ferramentas. Além disso a campanha evidenciou suas ações em relação ao Estado da Flórida, que tinha o menor número de eleitores em favor do candidato. "The great Schlep" é uma campanha que tinha como target os idosos judeus que tinham preconceito ou desconheciam as propostas do candidato. Os netos dessas pessoas foram mobilizados a conscientizar seus avós sobre Obama, suas propostas e campanha, além disso foi criado um site, e a mobilização dos netos foi feita através das diversas redes sociais. Em 2008 66% dos anunciantes utilizaram mídias sociais nos EUA. Parece que as redes sociais vieram para ficar e se todas as marcas aproveitassem o crescimento dessas ferramentas com certeza cresceriam junto com elas, divulgariam seus produtos, ouviriam seus consumidores e com certeza fariam sua imagem ser mais completa.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

"Liberdade é jogar contra o aparelho"

“Liberdade é jogar contra o aparelho” terrível né? Mas segundo Flusser essa é a única solução para ser livre. Com toda essa evolução dos meios de comunicação e da tecnologia, internet, redes sociais, downloads etc., temos na verdade extensões do nosso corpo. As máquinas são inventadas a partir disso, o problema é que acabamos sendo dominados por elas. Não se preocupe, não se trata de uma dominação do tipo Terminator, mas sim uma dominação intelectual. A partir do momento em que começamos a utilizar as máquinas para determinadas ações, nos preocupamos exclusivamente com o resultado, a produção. Todos os processos que ocorrem para que tenhamos uma determinada produção são esquecidos. Por isso ficamos fadados a manusear os meios sempre da mesma maneira e assim nossa produção fica limitada. É por isso que não somos “livres”. Flusser explica esse fenômeno de uma maneira simples: “se tudo tem causa, e se tudo é causa de efeitos, se tudo é ‘determinado’, onde há espaço para a liberdade?”

Para solucionar esse dilema, voltemos para a frase inicial: o jogo contra os aparelhos. Burlar as determinações do aparelho, modificando a imagem, o programa e a informação, poderemos enfim ser livres. Saber manusear e compreender efetivamente as possibilidades do aparelho é saber utilizá-lo em seu potencial máximo, é se libertar de padrões, determinações e paradigmas alcançando um resultado inovador, enfim é 'branquear a caixa preta'.