quarta-feira, 19 de agosto de 2009

"Liberdade é jogar contra o aparelho"

“Liberdade é jogar contra o aparelho” terrível né? Mas segundo Flusser essa é a única solução para ser livre. Com toda essa evolução dos meios de comunicação e da tecnologia, internet, redes sociais, downloads etc., temos na verdade extensões do nosso corpo. As máquinas são inventadas a partir disso, o problema é que acabamos sendo dominados por elas. Não se preocupe, não se trata de uma dominação do tipo Terminator, mas sim uma dominação intelectual. A partir do momento em que começamos a utilizar as máquinas para determinadas ações, nos preocupamos exclusivamente com o resultado, a produção. Todos os processos que ocorrem para que tenhamos uma determinada produção são esquecidos. Por isso ficamos fadados a manusear os meios sempre da mesma maneira e assim nossa produção fica limitada. É por isso que não somos “livres”. Flusser explica esse fenômeno de uma maneira simples: “se tudo tem causa, e se tudo é causa de efeitos, se tudo é ‘determinado’, onde há espaço para a liberdade?”

Para solucionar esse dilema, voltemos para a frase inicial: o jogo contra os aparelhos. Burlar as determinações do aparelho, modificando a imagem, o programa e a informação, poderemos enfim ser livres. Saber manusear e compreender efetivamente as possibilidades do aparelho é saber utilizá-lo em seu potencial máximo, é se libertar de padrões, determinações e paradigmas alcançando um resultado inovador, enfim é 'branquear a caixa preta'.

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