sábado, 8 de maio de 2010

A dinâmica do trabalho

Já parou pra pensar em quanto tempo a gente gasta trabalhando? Ficamos até mais tarde pra finalizar alguma coisa que não necessariamente precisa ser terminada imediatamente, ou chegamos mais cedo pra começar alguma coisa que não teria que ser começada antes. Todo esse tempo resulta numa qualidade de vida péssima. Ok, ok, você vai me dizer que PRECISA fazer aquilo, porque alguém superior a você vai te cobrar isso mais tarde, ou que o ciente tem prazos. O que está errado não é você tentar ser o mais profissional possível, isso deveria ser premissa pra qualquer pessoa que trabalha. O que está errado é a dinâmica do processo como um todo. O cliente tem prazos porque alguém "superior" a ele os estipulou, seu chefe te cobra, porque alguém ou algo cobra dele alguma coisa. E se todos nós cobrássemos de quem está "acima" de nós um pouco mais de respeito aos horários estipulados? "Parabéns, você está contratado, começa segunda às oito e o horário de saída é às seis da tarde." Na verdade o que esta pessoa quer dizer é: "Parabéns, você está preso, começa segunda às oito (quando não tem uma coisa importante que tem que ser feita com urgência) e o horário de saída é sabe-se lá que horas."
Quem começa todo esse ciclo? Quem estipula que aquilo é de fato urgente? Alguém vai morrer se você não fizer isso agora? Ok, ok, você vai me dizer que ninguém vai morrer, mas que provavelmente você vai ser mandado embora porque "tem quem faça se você não fizer".
O que eu quero dizer é que a dinâmica só se sustenta porque NÓS permitimos, NÓS dizemos sim para varar a noite, sim para chegar mais cedo, sim pra sair mais tarde, sim pra não passar tempo com sua família, sim pra não ter tempo livre pra nada.
Trabalho é e tem que ser visto como apenas trabalho. Uma atividade que você faz em troca de alguma coisa, que é uma PARTE da sua vida e não o que te define.

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